Também questionei qual o motivo, sendo que já está tudo claro em meu currículo ou no perfil do Linkedin.
Após mais pesquisas e de ler uma infinidade de variações de cartas de apresentação, confesso que não cheguei a conclusão alguma. Algumas cartas tem um tom pessoal, outras um tom mais profissional e várias se resumem a agradar o recrutador ou a empresa.
Mas entendi que a carta é como se fosse um pitch, é como se eu me apresentasse rapidamente para alguém fazendo com que esta pessoa mantenha-se interessada em mim e no que eu possa oferecer.
Ao final deixo meu currículo e contatos, caso a pessoa tenha realmente se interessado e queira saber mais.
Enfim, uma chatice infernal que só existe por que teoricamente temos um excesso de “profissionais qualificados” e poucos empregos.
O que gera mais uma interrogação. Pois se o cenário é esse, por que consegue a vaga quem faz um pitch melhor (marketing pessoal) e não o mais qualificado?
Diante da minha indignação e a falta de respostas conclusivas aos meus questionamentos, resolvi escrever a minha carta de apresentação ideal.
Olá!
Sou um profissional de TI analítico, assertivo e pragmático.
Estes palavrões querem dizer que sou direto, vou resolver problemas complexos de forma rápida, objetiva e com um excelente resultado.
Infelizmente estas características também querem dizer que não sou de falar muito, gosto de manter a concentração e ter liberdade para trabalhar.
Se você precisa de alguém capacitado, competente, com experiência e responsabilidade sou essa pessoa.
Mas se você precisa de alguém comunicativo, que agrada a todos e gosta fazer marketing pessoal com resultados medianos. Sinto muito, mas não assim e não posso lhe ajudar.
Apesar de ser introspectivo, sou urbano, gosto do movimento, adoro estar com pessoas, trabalhar em equipe, e tenho facilidade em explicar as coisas de forma que qualquer um entenda, porém demoro um pouco para me entrosar.
Eu já trabalhei com soluções de TI, implementando infraestrutura, sistemas e inovações tecnológicas em diversos cenários:
- Na indústria lidando com chão de fábrica e gestores de produção ávidos por produtividade;
- Empresa familiar onde os cargos mais altos tornam difícil a disseminação de uma cultura produtiva e eficiente;
- No varejo, com diversas lojas onde os maiores desafios são metas agressivas e orçamentos apertados.
Para encerrar, quero dizer que meu currículo pode parecer pouco interessante, mas é o que eu faço melhor, não vou incrementar com linguagem fofa, qualificações exageradas e buzzwords apenas para ficar visível no Linkedin ou em algum filtro de RH e não pretendo contratar um coach de carreira de 24 anos para me “ensinar” como me vender.
Espero que mesmo assim você goste do meu perfil, das minhas qualificações e possamos ter a chance de conversar para que eu possa a vir trabalhar nesta excelente empresa.
PS: Vou revelar meus superpoderes somente se contratado.
Então, o que acham?
Será que neste “novo mundo” da tecnologia de jovens “disruptivos”, com camisetas coloridas, horários flexíveis e festinhas temáticas, você contrataria ou gostaria de trabalhar com alguém tão careta?
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